JUNGFRUKÄLLAN - A FONTE DA DONZELA(1960)
diretor:Ingman Bergman
roteiro:Ulla Isaksson
elenco:Max Von Sydow,Birgitta Pettersson
diretor:Ingman Bergman
roteiro:Ulla Isaksson
elenco:Max Von Sydow,Birgitta Pettersson
Dois anos se passaram da morte de Ingman Bergman,o diretor,mestre do intimismo,do drama psicológico,das relações.Ainda não vi toda sua filmografia,uma tarefa quase impossível,devido a quantidade de trabalhos raros e pouco vistos da carreira do sueco."A Fonte da Donzela" faz parte da chamada(sei lá por quem) de "Trilogia do Questionamento Religioso",composta por "O Sétimo Selo","Morangos Silvestres",e este aqui.Não vejo muita conexão entre estes três filmes,ainda mais porque "A Fonte da Donzela" é bem inferior aos anteriores.Apesar de ser um dos Bergman´s mais líricos que eu já vi,é um filme limitado,em que aparecem algumas manias do diretor que incomodam.
É um filme triste,mas não denso como "Sonata de Outono" por exemplo.Bergman parece ter se voltado para a reconstituição da idade média.Mesmo assim,a história criada por Ulla Isaksson é de uma originalidade rara,até Wes Craven baseou-se no roteiro para criar "Aniversário Macabro",terror slasher que tenho curiosidade de ver.Os diálogos,carregados de crendices religiosas e pessimismo também enriquecem o filme.
sinopse: O século é XIV,e a população sueca oscilava entre o catolicismo e o paganismo.Karin é uma alegre e mimada menina que vive com os pais e criados católicos e uma bastarda pagã.Ela recebe de sua mãe a missão de levar velas para Virgem Maria numa capela distante.No caminho ela é abordada por dois pastores e uma criança,após lhes oferecer um lanche a menina é estuprada e assassinada.Quando a noite cai,sem saber do perigo,os pastores pedem abrigo na casa dos pais de Karin.
O contraste de duas crenças completamente distintas,o paganismo e o catolicismo é muito bem representado,talvez seja essa a finalidade principal do filme.A criada Ingeri,grávida por estupro,se revolta contra tudo e todos,reza por Odin(deus pagão),ao mesmo tempo que a família cultua o catolicismo de forma quase obcecada.É um aspecto da obra que fica ainda mais interessante quando anialisamos a vida de Ingmar,filho de um padre cristão.
Apesar da beleza e perfeição dos cenários e figurinos,é nas cenas de ação que Bergman esbarra.Esse talvez seja o filme mais violento do sueco,e esse é o grande problema,Bergman não soube ministrar muito bem essa violência.A única exceção vai para a cena do estupro,que não chega a chocar,mas é executada de forma perfeita.
A trilha original de Erik Nordgren é um dos pontos altos da produção.Logo na abertura do filme o espectador é agraciado com um belo solo de flauta,composição original de Nordgren.As atuações são incríveis.A desconhecida Birgitta Pettersson trabalha muito bem,emprestando seu rosto belo e ingênuo para a protagonista.O excelente e ainda vivo Max Von Sydow também se destaca como o patriarca,mesmo sendo um pouco novo(na época) para o papel.
É um filme triste,mas não denso como "Sonata de Outono" por exemplo.Bergman parece ter se voltado para a reconstituição da idade média.Mesmo assim,a história criada por Ulla Isaksson é de uma originalidade rara,até Wes Craven baseou-se no roteiro para criar "Aniversário Macabro",terror slasher que tenho curiosidade de ver.Os diálogos,carregados de crendices religiosas e pessimismo também enriquecem o filme.
sinopse: O século é XIV,e a população sueca oscilava entre o catolicismo e o paganismo.Karin é uma alegre e mimada menina que vive com os pais e criados católicos e uma bastarda pagã.Ela recebe de sua mãe a missão de levar velas para Virgem Maria numa capela distante.No caminho ela é abordada por dois pastores e uma criança,após lhes oferecer um lanche a menina é estuprada e assassinada.Quando a noite cai,sem saber do perigo,os pastores pedem abrigo na casa dos pais de Karin.
O contraste de duas crenças completamente distintas,o paganismo e o catolicismo é muito bem representado,talvez seja essa a finalidade principal do filme.A criada Ingeri,grávida por estupro,se revolta contra tudo e todos,reza por Odin(deus pagão),ao mesmo tempo que a família cultua o catolicismo de forma quase obcecada.É um aspecto da obra que fica ainda mais interessante quando anialisamos a vida de Ingmar,filho de um padre cristão.
Apesar da beleza e perfeição dos cenários e figurinos,é nas cenas de ação que Bergman esbarra.Esse talvez seja o filme mais violento do sueco,e esse é o grande problema,Bergman não soube ministrar muito bem essa violência.A única exceção vai para a cena do estupro,que não chega a chocar,mas é executada de forma perfeita.
A trilha original de Erik Nordgren é um dos pontos altos da produção.Logo na abertura do filme o espectador é agraciado com um belo solo de flauta,composição original de Nordgren.As atuações são incríveis.A desconhecida Birgitta Pettersson trabalha muito bem,emprestando seu rosto belo e ingênuo para a protagonista.O excelente e ainda vivo Max Von Sydow também se destaca como o patriarca,mesmo sendo um pouco novo(na época) para o papel.
Não espere de "A Fonte da Donzela" uma obra-prima.É um ótimo exemplar de como reconstituir com perfeição uma época tão distante com poucos recursos a disposição.
nota:8,0
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